Atualmente, a única forma de diagnóstico definitivo do Alzheimer é através de autópsia do cérebro após a morte do paciente.Dessa meneira, a única forma de detecção tem sido o uso de testes de memória e raciocínio, bem como a capacidade dos pacientes de manter seus habitos de higiene e cuidados pessoais.
Muitos erros, na faixa de 20%, ocorrem em diagnósticos médicos, até mesmo nos melhores centros de tratamento.
No entanto, no mês de julho de 2010, uma empresa apresentou, em uma conferência internacional, ocorrida no Havaí, um exame de imagem cerebral capaz de captar a imagem cerebral e de detectar a existência das placas, características da doença, revolucionando a prevenção e o desenvolvimento de fármacos capazes de reatardar ou eliminar o surgimento dos aglomerados proteicos de beta-amiloide no cérebro.
Os exames de imagem foram desenvolvidos por uma empresa da Filadélfia, a Avid Radiopharmaceuticals, e, de forma independente, pela Bayer e General Electric. Eles usam contraste radioativo para visualizar a placa no cérebro com um exame de tomografia de emissão de pósitron.
Embora os exames tenham aparentado ser promissores, as empresas precisavam mostrar que o que eles revelavam era o mesmo que um patologista veria na autópsia.Dessa maneira, a Avid demonstrou seus resultados através da apresentação dos estudos pelo médico Dr. Christopher M. Clark, na forma de uma comparação entre métodos de diagnóstico diferentes e o novo exame.
Para comparar os exames de imagem com os resultados da autópsia, a empresa examinou o cérebro de 35 pessoas em casas de repouso com previsão de morrer em seis meses. Algumas tinham Alzheimer, outras, não. Após a morte dos pacientes, seus cérebros foram enviados a Phoenix, onde um patologista os dividiu em cerca de 100 pedacinhos e enviou para análise das placas.
Patologistas de Montreal analisaram os pedaços de cérebro com um computador que contou as placas. De forma independente, patologistas em Chicago os analisaram de forma tradicional – observando os pedaços de cérebro com um microscópio e contando manualmente as placas microscópicas.
Ao mesmo tempo, na Filadélfia, radiologistas examinaram as imagens e calcularam a quantidade de placa presente nos cérebros de pacientes e, de forma independente, usaram um computador para analisar a quantidade de placa das imagens. Nem os radiologistas, nem os patologistas sabiam se os pacientes apresentavam demência.
Em 34 de 35 pacientes, o exame de tomografia de emissão de pósitron, o relatório dos patologistas e o relatório computadorizado de patologia concordavam. Em um paciente que tinha Alzheimer, o patologista e o radiologista que analisaram o exame não viram muita placa, mas a análise computadorizada do exame e os dois relatórios de autópsia acusaram a presença de placas.
Muitos especialistas em Mal de Alzheimer foram entrevistados e acharam o novo exame muito convincente, mas que é preciso ter cautela para verificar a veracidade do diagnóstico. De qualquer forma, esse novo exame promete a correta verificação da doença, e torna possível estudos mais aprofundados para a promoção da desaceleração do crescimento de placas e até mesmo a cura do Alzheimer.
Retirado de: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2010/07/19/novo-exame-cerebral-pode-detectar-mal-de-alzheimer.jhtm
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